O que seria do mundo se de repente, como que por magia, um espelho especial nos mostrasse a todos e em simultâneo, não as rugas e os defeitos do nosso corpo, mas sim os da alma?
Neste Sábado à tarde vi uma reportagem na SIC Notícias que me chocou. No País das Tulipas, a Holanda, os "recém-nascidos" nascidos até ás 25 semanas de gestação, não vão para os cuidados intensivos, não vão para as incubadoras, mas são deixadas morrer na presença dos pais. Esta Lei apareceu porque as hipóteses de sobrevivência destas crianças são poucas e quando sobrevivem normalmente têm um QI mais baixo que as outras crianças, apesar de a maioria irem para as escolas primárias normais e acabam por se adaptarem. A reportagem apresentou crianças muito precoces nos Estados Unidos que sobreviveram com 23 semanas de gestação e seis anos depois são crianças normais, apesar de outras apresentarem um certo atraso intelectual.
Fiquei a saber que a Holanda ( Países Baixos) é o único País do mundo onde isto se verifica, mas já há mais dois ou três países que admitem importar estas medidas.
Segundo esta Lei, mesmo que os pais exijam ajuda médica para salvar a sua criança precoce, os médicos não são obrigados a isso e podem deixar o recém nascido morrer.... o que tem sido prática habitual. Uma mãe chegou a desabafar "Eu era capaz de matá-los" referindo-se aos médicos.
Que seria de esperar, quando se liberaliza o aborto à la carte? No fundo é só uma questão de lugar: dentro do útero ou fora do útero...Vasco Castro Lopes (http://eisohomem.blogs.sapo.pt) (mailto:vmncl@hotmail.com)