Domingo, 28 de Maio de 2006

Tenhamos Fé

Estamos num tempo em que as mais verdades elementares sobre o homem estão postas em causa. Os povos e as nações não devem ficar admiradas pelos acontecimentos no Estado de São Paulo no Brasil, ou em Timor Leste etc. , etc. , etc. . Tudo normal. Afinal de contas sempre foi assim ao longo da história humana. Contudo vivemos actualmente um tempo diferente, nunca parecido no passado. O desenvolvimento tecnológico permite-me falar ou trocar ideias ao vivo com desconhecidos na Austrália; é a chamada Aldeia Global. Temos um segundo factor que é a massificação do conhecimento e da cultura. Aos poucos como eu anteriormente denunciei perderemos as nossas convicções e seguiremos o pastor universal, que nos é imposto pelos poderosos. A imposição do futebol, a imposição da literatura light como verdades quase históricas; o consumismo e os mais diversas ídolos da modernidade. Mas há mais...

 

Muitos dizem que o mundo está em perigo, por causa dos perigos do nuclear e do choque de civilizações. Pois eu detecto um perigo muito maior, que é a Mãe de todos os perigos: A humanidade está a perder a Fé. Um homem pode ter muitos defeitos: Não saber ler ou escrever, ou até ser um ladrão ou coisa pior, mas se não perder a Fé, no dia em que se perder no deserto, não desistirá de encontrar o caminho da sobrevivência. A perda da Fé leva ao suicídio; a perda da Fé faz entrar no medo e no desespero;  a perda da Fé leva á desconfiança de tudo e de todos; leva à perda dos mais elementares valores. No fim leva ao caos! Ter Fé não é o mesmo que ter esperança. Ter Fé é acreditar e é também não duvidar. Se eu duvidar que existo, rapidamente acharei uma solução lógica para deixar de duvidar que eu existo, porque senão entraria num estado psicológico de ruptura. Isto aconteceria com todos. Aprendam com Descartes!

 

A perda da Fé leva à perda do amor. Se alguém desconfiar que ninguém o ama neste mundo, absolutamente ninguém, nem a família, ou fora dela, nem nesta Terra ou fora dela, então a perda dessa fé, leva à perda do amor e torna-se uma espécie de morto-vivo. No auge do seu desespero tentará levar consigo outras pessoas em seu redor. No seu consciente ou subconsciente dirá: - "se estou morto, levarei o maior número comigo". Temos a raíz do mal!

 

A humanidade está a deixar de acreditar. É um processo que vinha lento deste o séc. XIX, mas está a acelarar o sprint. Estamos a ser ensinados a duvidar de tudo. Temos de questionar tudo. Isso é bom se for feito com método, como fez Descartes. Todavia não é isso que nos ensinam. Somos ensinados pelos mortos-vivos a ter vergonha em acreditar, em ter Fé. Tudo é matematicamente demonstrado e até um cego deve render-se a certas demonstrações... contudo, é a Fé que faz caminhar na escuridão. E como a matemática é o dono dos nossos destinos - o que nos guia, não é necessário ter Fé. A Fé é anti-progresso, dizem. Tudo isto levou a uma parte da humanidade perder a Fé e, perdendo a Fé, quais mortos-vivos, fazem tudo para levar o resto dos homens a morrerem no meio dos números, a morrerem no meio do vazio dos números. Uma tremenda solidão - solidão, que é um dos filhos da falta de Fé.

 

Resultado: No sec. XX e XXI, aumenta o número de guerras, aumenta o número de homicídios; os suicídios atingem o auge ( o Alentejo é a região da Europa com mais suicídios); e a ciência e os seus números matemáticos calam-se como cobardes. E, esses mesmos mortos-vivos no fim da desgraça, quais lobos na pele de cordeiros, lá dizem : " Então vá lá, não perca a fé" .

 

... Mas os homens não foram feitos para acreditar em "o nada" e, por isso a sua alma tem de ser preenchida com alguma coisa.  Mas os mortos-vivos já tinham pensado em tudo. A Fé é substituída pela falsa fé, que são os ídolos. Temos os ídolos dinheiro, vitória, concorrência, falsos evangelhos, falsos cristos, Eusébios, Águias, Dragões, New Age, Códigos... chocolates. Sim, chocolates que nos dão no meio do infortúnio, para nos esquecermos que o outro Caminho está mesmo ao lado... dentro de nós... a verdade sobre nós.   

Alguém questionou há muitos e muitos séculos: - Quando Eu regressar ainda encontrarei Fé sobre a Terra? 

  

 

 

publicado por Paulo do Porto às 19:02
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5 comentários:
De Carlos Tavares a 29 de Maio de 2006
Estou de acordo com a generalidade do texto, mas a fé tb nos ensina uma coisa: o de sermos optimistas e este texto leva-nos ao pessimismo...
De Paulo do Porto a 29 de Maio de 2006
Carlos: Na minha opinião não é uma questão de pessimismo, mas de uma realidade actual. Claro está, que a Fé nunca acabará de vez. Valha-nos isso.
De Vítor Costa LIma a 31 de Maio de 2006
O que acontece é que as pessoas não querem viver de acordo com a Fé. Mas isso não é novidade. Em épocas passadas houve períodos de descrença generalizada eesses períodos foram ultrapassados.
Por outro lado, Cristo prometeu a perenidade da Sua Igreja até ao fim dos séculos.
De Paulo do Porto a 31 de Maio de 2006
Caro Vítor: De acordo. O passado está cheio de exemplos de "perda da Fé". Mas agora há um factor adicional que é a ciência. A ciência e Fé nunca se deram bem, porque a ciência procura tornar vã a Fé dos homens. As pessoas querem respostas imediatas e a ciência responde a tudo ( mesmo quando não sabe, inventa) e o coração do homem não procura mais nada, porque nos ensinam que a ciência matemática responde a tudo.
De psi2 a 28 de Junho de 2006
É preciso ter fé! Mas cuidado com a fé em demasia!

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