Certo dia, três amigos foram fazer um passeio ao deserto. Por azar quando se preparavam para regressar verificaram que estavam perdidos, e sem gasolina. Não tendo possibilidade de contactar os serviços de emergência por não haver telefone e sinal de rede, resolveram esperar pelo dia seguinte. Ao amanhecer ainda confiantes esperam por ser resgatados. Esperaram, esperaram, esperaram e... nada! Em poucas horas ficaram sem comida. Começou uma forte discussão entre eles para descobrir de quem era a culpa de o alimento ter acabado em pouco tempo. Todos culparam-se mutuamente de traição...um deles chamou ladrão ao mais velho e este puxa de um revolver e dispara a matar. Ficaram só dois para o dia seguinte. A desconfiança era cada vez maior entre os dois homens e a água também já estava a acabar. No dia seguinte as equipas de salvamento continuavam à procura dos três perdidos. Os dois amigos que restavam já só tinham uma pequena garrafa de água meio vazia. Um deles cheio de sede resolve beber um pequeno gole, mas o outro amigo procura impedi-lo e a garrafa acaba por cair na areia entornando toda a água, que bem depressa é absorvida pela secura do areal. Desde logo começa entre eles um violento confronto físico e o mais velho acaba por terra gravemente ferido por uma arma branca. O amigo ainda com a arma branca na mão, vendo isto, e já sem esperança de ser encontrado, pega no revolver do amigo mais velho e suicida-se. Duas horas depois chega finalmente o salvamento... Resta dizer que eram consideradas pessoas normais e amigos do seu amigo.
Todos somos umas jóias de pessoas até sermos testados, até sermos postos à prova. Todos! Muito dificilmente alguém pode provar eficazmente aquilo que é, aquilo que vale, em ambientes normais, no seu meio natural. Os portugueses, por exemplo, eram umas boas almas até descobrirem os africanos. Quando descobrimos os africanos, tratamos de imediato de escravizá-los. Os soldados norte-americanos são do melhor que há...pois são... mas quando vão em missões no estrangeiro ficam possuídos e...muitos deles transformam-se em violadores de mulheres, carniceiros, pedófilos, assassinos e monstros!
Há casos recentes que provam o que eu digo. Bósnia ou Kosovo: Na antiga Jugoslávia o povo ou os seus povos pareciam dos mais cultos, mas quando surgiu a crise, vizinhos mataram vizinhos, amigos traíram amigos, quase todos se odiaram e mostraram a sua verdadeira face. E o povo alemão? O mais avançado da Europa, diziam, até ao dia que uma parte desse povo apoiou o holocausto e outras palhaçadas! No entanto era um povo muito culto... até ser testado pela guerra. Todavia, muitos outros que eram considerados como pessoas frias e insensíveis, no meio do terror salvaram muitos inocentes, mesmo pondo em perigo a sua própria vida.
Cada indivíduo, em particular, só prova o que vale em tempos de dificuldade, em tempos de crise, em tempo de tentação. Ao homem a quem pouco falta pouco mostra, pouco decide, pouco ama e pouco odeia. No dia em que esse homem, a quem nunca faltou nada, for conduzido ao deserto, terá que tomar uma decisão... e mostrará a sua verdadeira alma e a sua verdadeira humanidade, ou falta dela.
Os grandes santos e os grandes terroristas, nascem do mesmo sítio: o deserto - o seu deserto pessoal - uns aproveitam os seus problemas ou os seus sofrimentos para crescerem como Homens, outros fazem do seu deserto uma escola da morte. O deserto é pois uma espada de dois gumes: Uma oportunidade única de abrirmos novos horizontes, ou de fechar de vez a porta da verdadeira liberdade.
Todos somos testados, todos seremos testados e provados no fogo como o ouro, e ninguém poderá dizer de si aquilo que não é. Toda a humanidade será conduzida ao deserto da salvação...
tem continuação
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